Ok, eu estaria me traindo se falasse que este post não é mais uma de minhas reflexões pessoais terapêuticas. Infelizmente é sim, e o título já diz tudo.
Nesse ultimo mês passei por uma mudança grandiosa, que foi a mudança de estado (consequentemente de casa e modo de vida pois morava com meus pais). Isso me deu um tempo para pensar em diversos assuntos e descobrir como eu sou me virando sozinho de verdade.
Acho que estou indo bem, até agora (So far, so good)
Tão bem que consegui até tempo para refletir sobre minha felicidade e no que ela está conectada. Descobri que grande parte dela está em meus amigos e família (óbvio) mas também está no que eu faço (meu "trabalho").
Sou muito feiz de trabalhar no que eu gosto, realizar atividades que eu considero importantes pra alguma coisa, que fazem a diferença.
MAS.... (sempre têm um "mas") algumas coisas me preocupam nessa minha atividade, e nesse mês conversando com diversos amigos descobrí que minha preocupação é digna de se perder algum tempo pensando nela...
Bom, eu trabalho com "sustentabilidade" dentro de um grupo educacional que gerencia 03 universidades. Estas universidades recebem todos dias uma quantidade enorme de alunos e colaboradores, e eu sou um dos responsáveis por "pregar" os conceitos de sustentabilidade para estas pessoas.
É visível que este tema está muito desgastado, as pessoas não aguentam mais falar disso... o problema é que as pessoas só falam sobre isso, não raciocinam a respeito, não tentam entender o que realmente é sutentabilidade.
Não vou entrar no mérito de conceitos, existem diversos muito bons. O que me PREOCUPA é como eles são interpretados.
Por vezes esse tema é tratado somente na esfera ambiental, nem vou comentar sobre greenwashing e as coisas que são desse tipo, acho que isso todos podemos combater com um pouquinho de informação que busquemos a respeito da empresa ou pessoa que prega isso.
O que quero falar é sobre a passividade das ações que realizamos em prol da sustentabilidade e como as ações podem ser "lobos em pele de cordeiro".
E o pior é que acho que todas as ações hoje em sustentabilidade que já realizei na vida são assim: um horrendo lobo com dentes afiados, fantasiado porcamente como um lindo cordeirinho.
Nesse ultimo mês passei por uma mudança grandiosa, que foi a mudança de estado (consequentemente de casa e modo de vida pois morava com meus pais). Isso me deu um tempo para pensar em diversos assuntos e descobrir como eu sou me virando sozinho de verdade.
Acho que estou indo bem, até agora (So far, so good)
Tão bem que consegui até tempo para refletir sobre minha felicidade e no que ela está conectada. Descobri que grande parte dela está em meus amigos e família (óbvio) mas também está no que eu faço (meu "trabalho").
Sou muito feiz de trabalhar no que eu gosto, realizar atividades que eu considero importantes pra alguma coisa, que fazem a diferença.
MAS.... (sempre têm um "mas") algumas coisas me preocupam nessa minha atividade, e nesse mês conversando com diversos amigos descobrí que minha preocupação é digna de se perder algum tempo pensando nela...
Bom, eu trabalho com "sustentabilidade" dentro de um grupo educacional que gerencia 03 universidades. Estas universidades recebem todos dias uma quantidade enorme de alunos e colaboradores, e eu sou um dos responsáveis por "pregar" os conceitos de sustentabilidade para estas pessoas.
É visível que este tema está muito desgastado, as pessoas não aguentam mais falar disso... o problema é que as pessoas só falam sobre isso, não raciocinam a respeito, não tentam entender o que realmente é sutentabilidade.
Não vou entrar no mérito de conceitos, existem diversos muito bons. O que me PREOCUPA é como eles são interpretados.
Por vezes esse tema é tratado somente na esfera ambiental, nem vou comentar sobre greenwashing e as coisas que são desse tipo, acho que isso todos podemos combater com um pouquinho de informação que busquemos a respeito da empresa ou pessoa que prega isso.
O que quero falar é sobre a passividade das ações que realizamos em prol da sustentabilidade e como as ações podem ser "lobos em pele de cordeiro".
E o pior é que acho que todas as ações hoje em sustentabilidade que já realizei na vida são assim: um horrendo lobo com dentes afiados, fantasiado porcamente como um lindo cordeirinho.
Vejamos se consigo me explicar:
Vou pegr como exemplo uma atitude comum que a maior prte das pessoas que se diz sustentável faz: RECICLAGEM.
Qualquer um diria: "Ótimo... reciclar é uma ação NECESSÀRIA PARA O PLANETA, você está evitando que empresas poluam mais, pois vão deixar de produzir embalagens, e consequentemente vamos proteger os "RECURSOS" naturais, já que eles são "FINITOS" e devemos ter a consciencia de que as gerações "HUMANAS" futuras também precisam deles para sobreviver."
Primeiro queria falar sobre "recursos". Deveríamos parar de considerar tudo como "recursos" e "oportunidades". Animais e plantas são seres vivos, não "recursos". Necessitamos deles pra viver? CLARO, mas que droga, nós compartilhamos semelhanças fundamentais com eles... ou você nunca ouviu falar do DNA??? Se vamos considerar isso recurso, nós também somos então! E minha mãe dizia que tudo em excesso faz mal, e na minha opinião tem humano em excesso no mundo.
Se os recursos são FINITOS a reciclagem é só uma maneira de adiar o fim??? è fato! se vai acabar um dia quer dizer que alguem vai ficar sem! OPA então sustentabilidade não existe? (oh pergunta cruel). Eu digo que existe, afinal os "recursos" podem mudar, é incrível a capacidade do Ser Humano de se adaptar... o que não percebemos é que em uma visão APOCALIPTICA, seria apocaliptica só para os seres HUMANOS... ou seja... se alguem tem que sumir do planeta quando acabar os tais denominados "recusos" esse alguém é o homen. O resto dá um jeito de voltar, a vida vai prevalecer, a vida humana não.
Então por que eu reciclo? POR MEDO! È genético, você quer se previnir de desaparecer da face da Terra. O que chamamos de ecochatos hoje são os que mais já sentiram esse "medo". São pessoas que conseguem enxergar a linha mais além e estão gritando desesperados por ajuda em um barco a remo furado indo em direção da queda d'agua... Eles gritam para remar pro outro lado, mas o barco está furado e cada vez que alguem pega no remo pro outro lado ele fica mais cheio d'agua, mais pesado pra remar e vai afundar... vai afundar se alguem não tapar o buraco, ou aprender a nadar e se salvar.
O que estou querendo dizer é que mesmo as ações de sustentabilidade incentivam um aumento de consumo (seja do que for). É um buraco que poucos enxergaram enquanto remavam pro outro lado. Até hoje não existe uma atividade que seja 100% sustentável no mundo (outras que se dizem sustentáveis não chegam nem perto disso).
A boa notícia é que o mundo consegue se regenerar... quando a taxa de "retirada do recurso" é menor que a "taxa de regeneração"... qual o recurso que está nesse patamar?? Sei dos que não estão.
Os lobos da sustentabilidade estão esperando que eu haja da melhor maneira possível... economizando de um lado, para dar espaço para consumir do outro...
Como um par de amigos disseram por e-mail há duas semanas atrás: UMA REVOLUÇÃO É NECESSÁRIA, e O COLAPSO VAI ACONTECER.
Deixando de sermos radicais, vamos falar em radicalismos agora:
-.... Bem... é.... como eu ia dizendo... hum.... ... ... !
NÃO DÀ MAIS!!!!!!
VAI COLAPSAR... não tem como colocar panos quentes na sustentabilidade, amenizar os contras. a Sustentabilidade "real" deve ser encontrada o quanto antes.
A boa notícia é que não podemos desistir... exato. Mesmo sabendo que tudo vai acabar um dia, a idéia de continuar a buscar essa resposta é necessária.
Assim como o ato de lavar as mãos foi ridicularizado quando se descobriram os micróbios, atos hoje considerados radicais serão necessários no futuro.
Pessoas que remam contra serão necessárias sempre, mesmo pro lado que consideramos ruim... (Quem sabe a queda d'água é só um minimo degrau para um oceano maravilhoso de águas calmas e cheias de vida??)
Mudança radical é chave... para todos os lados... isso inclui os ecochatos também, acabo de perceber que todos estão errados e todos estão certos.
chega de fritar por hoje.
