quinta-feira, 11 de agosto de 2011

um passo em outra direção, quem me dera ter 4 pernas...


Ontem sentei novamente em um banco de uma sala de aula...

Não fiquei surpreso por NADA ter mudado na estrutura desde que me formei há 2 anos e meio atrás: carteiras, uma lousa, 40 escutando e 01 falando.
Apesar de estar muito empolgado com o início deste curso eu refletí algumas vezes se queria mesmo estar alí, daquela forma: ouvindo, escutando, lendo slides, anotando...



Os colegas de sala são pessoas bacanas, o professor super simpático com bons conhecimentos mas a verdade é que eu preciso de mais.

Quando me dei conta estava fazendo um MAPA MENTAL sobre o assunto no meu caderno ao invés das tradicionais anotações por tópicos. A aula, sobre ética empresarial, falava a 40 pessoas como deveriam se portar segundo valores, princípios e cultura. A presivilidade do que estava por vir era de certa forma entediante.

Eu sentí uma vontade tremenda de ser surpreendido de alguma forma por um tópico diferenciado, empolgante, ou mesmo uma atividade em que pudéssemos pensar mais profundamente sobre o assunto (o que aconteceu no final da aula, em um tempo de 15 minutos).

Pensei seriamente em algumas vezes puxar meu nootebook da mala e procurar uma palestra no TED sobre o assunto, buscar no youtube um vídeo, resumindo, ALGO INSPIRADOR. Não que não pudesse tirar o melhor da exposição do professor, mas a questão é que seria muito legal tirar o melhor das 40 pessoas daquela sala neste assunto. Não um falando e 39 escutando... mas todos falando e todos aprendendo algo.

Hoje, mais do que ontem, acredito que conceitos não devem ser "nivelados" ou aceitos de forma comum. Acho que devemos deixar as divergências e diferenças de opinião se tornarem salientes para que haja uma evolução de qualquer assunto e nunca vamos conseguir isso com uma "aula" PRÉ-PARADA, sem uma dinâmica de aprofundamento e discussões.

Alguns podem achar que estou revoltado com o sistema, que eu devo morar na montanha e fundar uma sociedade alternativa e tudo isso, mas o fato é que estou onde quero estar! No meio das coisas que não aceito e que quero expor meu ponto de vista para aqueles que não acreditam em mim, e mesmo se não os convença que os faça enxergar que existe algo além do mundo de cada um.

Assim como saí da universidade achando que "estudar" era aceitar o que o professor dizia e passar em uma prova, penso que depois que saia da pós-graduação tenha outra idéia deste assunto.

Nos 2 anos que fiquei fora da Universidade (tecnicamente fora do banco da sala de aula, pq nunca saí da universidade de verdade, pois trabalho nela) ví muita coisa que não necessariamente deveria ser aquilo que viví durante 04 nos na graduação... e a parte mais otimista disso é que acredito que eu posso mudar alguma coisa.

Coloquei esse vídeo para 02 colegas ontem na sala de aula (tudo bem, vá lá, me empolguei no assunto) e acho que nunca vou ficar deprimido com isso, ou me render e ser mais um "brick on the wall" da escola, só preciso lembra disso...






Meu nome é Herbert e assim eu disse Hey!




sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Frustração reflexiva

No ultimo mês fiz aquilo que o dito popular chama "dar murro em ponta de faca".

Tentei e não consegui começar um OASIS no Projeto Remangue (ver post anterior). Não vou colocar aqui as barreiras que tive que lutar contra, mas sim o aprendizado que tirei da situação.
Fiquei um mês inteiro em reuniões intermináveis para convencimento que o que eu pretendia era uma boa ação. Acho que este foi meu erro, não precisaria convencer uma comunidade que quer uma mudança, e por isso não deveria ter gasto tanta energia nisso.
Agradeço a pessoas fantásticas que me ajudaram a refletir sobre esse processo, e a lição mais valiosa que tiro de tudo isso é que a mudança só vai acontecer em uma comunidade se ela for vontade coletiva.

Sigo no caminho, pensando em outra forma de poder ajudar, mas primeiro preciso descobrir o que "ajuda" significa em alguns casos, as vezes ela está em só observar e esperar...



Meu nome é Herbert e assim eu digo HEY!