quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O que não há de errado com o radicalismo.



Hoje vemos muitos movimentos que se formam em diversos âmbitos: cultural, social, ambiental, político... Esses movimentos surgem porque as pessoas que deles participam acreditam que podem modificar a sua realidade agindo da forma que considera mais correta.

Eu participo de alguns movimentos também, e hoje acredito ter uma visão um pouco diferente de quando eu comecei a atuar nesses movimentos. Vários são os nomes que damos para estas pessoas como voluntários, ativistas, participantes, mobilizadores. Ultimamente uma palavra tem batido na mente de forma meio peculiar, de uma forma que eu não havia enxergado antes e nem refletido sobre o que ela significa, essa palavra é “RADICAL”. Estou dizendo no sentido social, o “radicalismo”.

Dentro destes movimentos sociais uma pessoa ou grupo pode ou não ser chamada de RADICAL, e o que vejo é que essa classificação é muito subjetiva, não é mesmo? O que quero dizer é que uma pessoa que é radical para mim pode não ser para você. Mas não é esta reflexão que quero trazer. Quero definir o que é ser radical, através de seus atos! (mesmo que você não faça nada, pode ser considerado radical !)

O que me prende nos “radicais” seja qual for o ponto de vista, é o porquê deles serem “radicais”. Muitos grupos no meu ponto de vista são considerados radicais, e na verdade não o são.

Se prestamos atenção, radicais são aqueles que querem mudar alguma coisa e fazem isso gerando uma mudança em outras pessoas ou grupos que não os deles, em forma de protesto, comeando sempre com uma mudança pessoal. Radical é diferente de extremista.

Ser extremo é acreditar em algum movimento também, porém, não tentar a mudança sem antes mudar o outro primeiro. Ser extremista é simplesmente agir de acordo com a filosofia, sem tentar que outros vejam como é bom seguir nessa filosofia com você... Considero um processo egoísta. Extremistas não percebem o processo democrático do radicalismo.

O que quero dizer é que, não adianta acreditar e seguir, se você quer a mudança, deve aderir ao radicalismo. Não vejo valia no extremismo...

Num ponto de vista mais profundo podemos dizer que radicalismo se confunde com autoritarismo... SIM.... mas imagine um radical contra o autoritarismo? Radicalismo em prol da democracia??? Eu acredito ser possível, a parir do momento que este radical entenda que ser radical é não ser autoritário.

Fico perplexo com amigos que seguem movimentos maravilhosos, com potenciais para mudanças incríveis no mundo (incluindo nesse movimento órgãos formais: escolas, governos, corporações), porém são extremistas!! Não se relacionam com outros meios que sejam antagônicos ao seu... Onde a mudança que eles desejam deveria realmente acontecer.

Para derrubar paradigmas você deve ser radical... atacar onde realmente faz a diferença, ser implosivo. Implosão é aquele negócio que derruba uma velha estrutura, que apresenta risco, ou que não serve mais para as pessoas, de forma segura. Colocar explosivos por dentro, com segurança, sem feridos ou mortos. É mudar por dentro, tendo a noção que nem todos conseguem perceber o que você percebeu há muito tempo.

Ser a mudança que você quer ver é essencial para o radicalismo. O radicalismo por uma causa é feito com amor, não ódio.

Radical, antes de tudo, quer dizer raiz. Aquilo que se cortado mata.

Meu nome é Herbert e assim eu digo Hey!


terça-feira, 22 de novembro de 2011

A dor e as cócegas...


Segunda a wikipedia: O Sacrifício é a prática de oferecer como alimento a vida de animais, humanos, colheitas e plantações, aos deuses, como acto de propiciação ou culto. O termo é usado também metaforicamente para descrever atos de altruísmo, abnegação e renúncia em favor de outrem.

"A favor de outrem"... seria o sacrifício também beneficio do que se sacrifica, a sua motivação?
Posso considerar outra prática como auto-flagelo, mas o sacrifício não...
Vejo pessoas se sacrificando diariamente. As invejo e tento seguir seus passos, sei que há limites a cada um e não há uma definição do certo e errado para que o sacrifício possa ser considerado o certo...
Cada um no seu dia possui uma parte deste sacrifício. Agora vejamos outra definição agora um pouco maior:

"As Cócegas são um processo neurológico e físico do corpo humano. Diversas teorias tentam explicar o que são as cócegas e a mais aceita recentemente pelos cientistas é a de que as cócegas são um sistema de autodefesa do corpo. Segundo essa teoria, o cérebro emite um sinal de alarme e o corpo responde rapidamente. Embora essa explicação seja possível, as cócegas estão nos comportamentos de animais sociais, como por exemplo, os macacos, que também fazem cócegas uns aos outros, como uma forma de estreitar as relações entre si.
Geralmente estimulada por um leve roçar da pele, fricção ou pequenas pressões (apertões) em certas partes do corpo, como a barriga, os pés ou as axilas, por exemplo, as cócegas são um meio de se aproximar de maneira mais íntima com o outro. Ao receber as cócegas, nosso corpo acaba reagindo com espasmos e riso convulso."

A dor é definida assim:
A dor é mais que uma resposta resultante da integração central de impulsos dos nervos periféricos, ativados por estímulos locais. De facto a dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a uma lesão real ou potencial.

Vejo que se colocamos em paralelo o mesmo senso que causa a dor quando estimulado em baixa intensidade podem causar as cócegas...

Sacrifícios pessoais centralizados trazem a dor... podem ser tão insuportáveis a ponto de alguém não querer mais sentir dor... mas as cócegas são aceitáveis, te fazem rir... até mesmo chorar de rir...

Quero propor um desafio... Compartilhemos da dor, do sarificio de um. Vamos pegar um pouco disso para cada pessoa, vamos compartilhar as dores do mundo de uma maneira onde todos possam SENTI-LA!,,, assim que conseguirmos ela será tão insignificante que estaremos rindo.

Que todos sejamos mártires... que todos possam sorrir....

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

um passo em outra direção, quem me dera ter 4 pernas...


Ontem sentei novamente em um banco de uma sala de aula...

Não fiquei surpreso por NADA ter mudado na estrutura desde que me formei há 2 anos e meio atrás: carteiras, uma lousa, 40 escutando e 01 falando.
Apesar de estar muito empolgado com o início deste curso eu refletí algumas vezes se queria mesmo estar alí, daquela forma: ouvindo, escutando, lendo slides, anotando...



Os colegas de sala são pessoas bacanas, o professor super simpático com bons conhecimentos mas a verdade é que eu preciso de mais.

Quando me dei conta estava fazendo um MAPA MENTAL sobre o assunto no meu caderno ao invés das tradicionais anotações por tópicos. A aula, sobre ética empresarial, falava a 40 pessoas como deveriam se portar segundo valores, princípios e cultura. A presivilidade do que estava por vir era de certa forma entediante.

Eu sentí uma vontade tremenda de ser surpreendido de alguma forma por um tópico diferenciado, empolgante, ou mesmo uma atividade em que pudéssemos pensar mais profundamente sobre o assunto (o que aconteceu no final da aula, em um tempo de 15 minutos).

Pensei seriamente em algumas vezes puxar meu nootebook da mala e procurar uma palestra no TED sobre o assunto, buscar no youtube um vídeo, resumindo, ALGO INSPIRADOR. Não que não pudesse tirar o melhor da exposição do professor, mas a questão é que seria muito legal tirar o melhor das 40 pessoas daquela sala neste assunto. Não um falando e 39 escutando... mas todos falando e todos aprendendo algo.

Hoje, mais do que ontem, acredito que conceitos não devem ser "nivelados" ou aceitos de forma comum. Acho que devemos deixar as divergências e diferenças de opinião se tornarem salientes para que haja uma evolução de qualquer assunto e nunca vamos conseguir isso com uma "aula" PRÉ-PARADA, sem uma dinâmica de aprofundamento e discussões.

Alguns podem achar que estou revoltado com o sistema, que eu devo morar na montanha e fundar uma sociedade alternativa e tudo isso, mas o fato é que estou onde quero estar! No meio das coisas que não aceito e que quero expor meu ponto de vista para aqueles que não acreditam em mim, e mesmo se não os convença que os faça enxergar que existe algo além do mundo de cada um.

Assim como saí da universidade achando que "estudar" era aceitar o que o professor dizia e passar em uma prova, penso que depois que saia da pós-graduação tenha outra idéia deste assunto.

Nos 2 anos que fiquei fora da Universidade (tecnicamente fora do banco da sala de aula, pq nunca saí da universidade de verdade, pois trabalho nela) ví muita coisa que não necessariamente deveria ser aquilo que viví durante 04 nos na graduação... e a parte mais otimista disso é que acredito que eu posso mudar alguma coisa.

Coloquei esse vídeo para 02 colegas ontem na sala de aula (tudo bem, vá lá, me empolguei no assunto) e acho que nunca vou ficar deprimido com isso, ou me render e ser mais um "brick on the wall" da escola, só preciso lembra disso...






Meu nome é Herbert e assim eu disse Hey!




sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Frustração reflexiva

No ultimo mês fiz aquilo que o dito popular chama "dar murro em ponta de faca".

Tentei e não consegui começar um OASIS no Projeto Remangue (ver post anterior). Não vou colocar aqui as barreiras que tive que lutar contra, mas sim o aprendizado que tirei da situação.
Fiquei um mês inteiro em reuniões intermináveis para convencimento que o que eu pretendia era uma boa ação. Acho que este foi meu erro, não precisaria convencer uma comunidade que quer uma mudança, e por isso não deveria ter gasto tanta energia nisso.
Agradeço a pessoas fantásticas que me ajudaram a refletir sobre esse processo, e a lição mais valiosa que tiro de tudo isso é que a mudança só vai acontecer em uma comunidade se ela for vontade coletiva.

Sigo no caminho, pensando em outra forma de poder ajudar, mas primeiro preciso descobrir o que "ajuda" significa em alguns casos, as vezes ela está em só observar e esperar...



Meu nome é Herbert e assim eu digo HEY!